tag:blogger.com,1999:blog-1057871751863317789.post8039601744716762471..comments2024-03-11T07:25:20.389+00:00Comments on a filosofia vai ao cinema: Por que atribuo a nota de 14 valores ao exame de FilosofiaCarlos Caféhttp://www.blogger.com/profile/16411265858521007094noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1057871751863317789.post-62326134633975345492012-07-12T00:36:23.011+01:002012-07-12T00:36:23.011+01:00Não tinha reparado no aspecto para que a Teresa ch...Não tinha reparado no aspecto para que a Teresa chama aqui a atenção. É bem observado e acho que tem toda a razão. Não me atrevo a pensar que a ideia dos autores da prova é sugerir aos professores que leccionam LP para leccionarem antes LA. Os exames não devem servir para dar lições, vender ideias, fazer política ou mostrar seja o que for; devem servir apenas para avaliar os alunos de forma imparcial, justa e cientificamente irrepreensível.Aires Almeidahttps://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1057871751863317789.post-65734881846837845142012-06-26T23:07:38.227+01:002012-06-26T23:07:38.227+01:00Teresa Antunes
Subscrevo a sua crítica à diferenç...Teresa Antunes<br /><br />Subscrevo a sua crítica à diferença no grau de dificuldade. No comentário que fiz, logo a seguir ao exame e sem conhecer ainda os critérios, centrei-me naquilo que me pareceu mais relevante destacar como análise global. Já li entretanto alguns comentários (não muitos: onde andam os professores de Filosofia? Será que o exame lhes passa ao lado?) e continuo a achar que o mais grave de tudo são os erros científicos. Nós, professores, podemos explicar aos nossos alunos que há diferentes opções didácticas e tudo o mais. Mas NÃO podemos deixar passar em claro erros científicos. Quanto à nota (uma brincadeira que afinal pode ser muito intuitiva) não vejo razões para a alterar. Se isto fosse um recurso (eh eh) fundamentaria do seguinte modo: tomei como ponto de partida a avaliação dos testes intermédios entretanto realizados, ao invés de comparar este exame com o desejável. Assim, valorizei os progressos feitos, apesar das falhas existentes. Mas serei naturalmente mais exigente no próximo ano, exactamente como faço com os meus alunos.<br />Obrigado pela sua visita e pelo seu comentário. É pena sermos tão poucos a exercer o espírito crítico que apregoamos nas aulas com os nossos alunos :(<br /><br />Boas férias, se for o caso. <br /><br />Carlos CaféCarlos Caféhttps://www.blogger.com/profile/16411265858521007094noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1057871751863317789.post-6430947216068123922012-06-26T10:29:14.963+01:002012-06-26T10:29:14.963+01:00Infelizmente, tendo a concordar mais com o Aires A...Infelizmente, tendo a concordar mais com o Aires Almeida do que com o Carlos Café.<br /><br />Embora concorde que o exame evolui positivamente face ao teste intermédio, continuo a achar que é desequilibrado, testando conteúdos pouco relevantes e deixando de fora conteúdos centrais, mas também por testar conteúdos centrais de modo desinteressante, como a escolha múltipla mal-amanhada para Stuart Mill e Kant.<br /><br />Mas há uma situação que me parece pior no exame do que no teste intermédio: a diferença de grau de dificuldade entre a pergunta de lógica aristotélica(LA)a e a de lógica proposicional (LP). Por que razão as proposições na pergunta de LA aparecem todas na sua expressão canónica e na de LP não? Por que razão o tipo de exercício de LA é igualzinho ao do teste intermédio e no de LP exige-se agora o domínio do âmbito de um operador?<br />E porque se introduz um argumento com três variáveis,a não ser para complicar, que nada acrescenta ao conteúdo a testar, a saber, a construção de tabelas de verdade?<br /><br />Não acho que a pergunta de LP seja desajustada (com excepção da opção por três variáveis). Contudo, não me parece sério que, dando o programa alternativa aos professores de escolherem leccionar LA ou LP, as perguntas apareçam no exame com diferente grau de dificuldade.<br /><br />Assim, nem ao 9,5 chega a minha avaliação. Fico-me pelo 9. Está melhor, mas ainda chumba.<br /><br />Teresa AntunesTAhttps://www.blogger.com/profile/17138082617542119741noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1057871751863317789.post-6109759391007119362012-06-20T19:47:51.649+01:002012-06-20T19:47:51.649+01:00Café, só esta tarde vi a prova e concordo com quas...Café, só esta tarde vi a prova e concordo com quase tudo o que dizes. Mas, ainda assim, acho que continua a ser uma prova de fraca qualidade. Por três razões principais: 1) desequilíbrio quanto às capacidades testadas; 2) desequilíbrio quanto aos conteúdos ou às matérias testadas; 3) continua a haver perguntas mal formuladas e perguntas de escolha múltipla sem qualquer opção correcta.<br /><br />Quanto a 1) basta ver que quase só se pede, como referes, para explicar O TEXTO, nomear o que refere O TEXTO, identificar o que diz O TEXTO, explicitar o que está no TEXTO, expor a partir do TEXTO. Ou seja, quase tudo sobre apenas uma das capacidades listadas pelo próprio GAVE. Nada sobre as competências de problematização, quase nada sobre as competências de conceptualização e pouco sobre competências argumentativas. <br /><br />Quanto a 2) continua a ser dada uma importância desmesurada a matérias cujo interesse é pouco mais do que histórico, como é o caso das perguntas sobre a retórica, mas excluem-se a estética e a filosofia da religião. Isto apesar de o programa destinar 3 aulas ao tema da argumentação e retórica, ao passo que destina 8 (quase o triplo) à estética ou filosofia da religião.<br /><br />Já agora, a pergunta sobre a ideia de Deus na filosofia de Hume trata de matérias não contempladas nas orientações. Note-se que as orientações referem a teoria do conhecimento de ambos, mais precisamente sobre o problema da origem do conhecimento (empirismo/racionalismo). Só muito indirectamente a pergunta tem algo que ver com isso.<br /><br />Quanto a 3), a opção dada como certa para a 2.4 do grupo I, não é correcta, pois apesar de Kant pensar tal coisa, não é isso que a lei citada significa. Note-se que no tronco da pergunta pede-se o significado da máxima kantiana e o significado não é o que está na opção A. <br /><br />As perguntas 2.2 e 2.3. do mesmo grupo não são perguntas sobre o texto, pois o texto nada diz sobre isso, ainda que Kant e Mill defendam tais coisas. Note-se que se começa por pedir as opções "adequadas ao sentido do texto". <br /><br />Mas a pior de todas foi a que já apontaste: na 2.3. do grupo II não há qualquer opção correcta. A resposta dada como certa é simplesmente falsa, pois há carradas de argumentos que PARECEM ser dedutivamente válidos e que não são falaciosos. Pela simples razão de que muitos argumentos que são dedutivamente válidos parecem efectivamente ser dedutivamente válidos.<br /><br />Em suma, esta prova é melhorzita do que os testes intermédios, mas revela falta de rigor didáctico e científico. E, já agora, até académico (veja-se, por exemplo, a referência bibliográfica do texto do Espinosa).<br /><br />Por mim, ficava-se pelo 9,5. Dava para passar, com alguma boa vontade.Aires Almeidahttps://www.blogger.com/profile/17776834479929174166noreply@blogger.com