quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dedicado aos meus alunos do 11.º ano: até sempre!




Depois de algumas hesitações, regressei a este texto para me despedir de vocês e, deste modo, agradecer-vos o prazer e o privilégio que foi para mim ter sido vosso professor. Fecha-se um ciclo, precisamente com um dos textos de boas vindas à Filosofia que vos ofereci no início do 10º ano. Ilustrado com duas fotografias de Henri Cartier-Bresson, um fotógrafo genial que muito aprecio.
Porque, tal como vos disse hoje na última aula, acredito que o conhecimento, a arte e a cultura fazem de nós melhores pessoas e tornam mais ricas as nossas vidas.
E tinha que haver uma música, claro. Jack Johnson, uma mensagem de esperança para que realizem os vossos sonhos. 

Divirtam-se :)

«Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que valem mais todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles forem meus, não seus. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem. Feche, pois, os ouvidos ao que lhe ensino, se alguma coisa lhe ensino; faça a viagem por sua conta e risco, você mesmo ao leme.»

Agostinho da Silva, in Sete Cartas a Um Jovem Filósofo


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