sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"A Estação", de Thomas McCarthy: um filme encantador que nos desperta o desejo de fazer filmes.


"A Estação" (The Station Agent, EUA, 2003) era um daqueles filmes comprados em saldo por uma qualquer intuição e que, apesar disso, deixamos lá por casa à espera do dia em que nos apetece vê-lo.
Pois bem, vi-o esta noite, e ainda bem que o fiz. Os filmes podem despertar em nós reações várias. Uma delas é a vontade de fazermos nós próprios um filme. É o caso de “A Estação”, curiosamente o primeiro do realizador Thomas McCarthy.

“A Estação” tem a inocência das primeiras obras e a simplicidade encantadora do cinema independente. Centrado em três personagens fundamentais brilhantemente interpretadas por Patricia Clarkson, Peter Drinklage e Bobby Cannavale, o filme faz uma abordagem do tema da solidão e da inadaptação à sociedade de um modo invulgarmente honesto e autêntico, destacando-se a predominância atribuída ao trabalho de ator e a sábia utilização dos silêncios.

Retirada do cinecartaz do Público da altura, aqui fica a sinopse para os interessados:

Finbar McBride (Peter Dinklage) está a tentar viver segundo as suas próprias regras. Na esperança de que o deixem em paz, decide mudar-se para uma antiga estação de comboios numa cidadezinha no campo. Mas, mesmo assim, Finbar acaba por, relutantemente, deixar-se envolver na vida dos seus vizinhos: na de Olivia (Patricia Clarkson), uma artista de 40 anos que tenta lidar com o fim do seu casamento, e na de Joe (Bobby Cannavale), de 30 anos, um homem com um enorme talento para a cozinha e um apetite insaciável para conversar. Assim, a partir desta esquecida estação de comboios, este triângulo de inadaptados forja laços improváveis. "A Estação" ganhou os Prémios de Melhor Argumento, Melhor Interpretação para Patricia Clarkson e o Prémio do Público no Festival de Sundance de 2003.”

Uma interessante crítica com depoimentos do realizador pode ser lida aqui.

Finalmente, deixo-vos com o trailer original.


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