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domingo, 20 de abril de 2014

Celebração da Natureza.

Fotografia de Maria Miguel Café, retirada daqui
(Clique na imagem para ampliar)

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
         Se elle quizesse que eu accreditasse nelle,
         Sem duvida que viria fallar commigo
         E entraria pela minha porta dentro
         Dizendo-me, Aqui estou!

       (...)

         Mas se Deus é as flores e as arvores
         E os montes e sol e o luar,
         Então acredito nelle,
         Então acredito nelle a toda a hora,
         E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
         E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

CAEIRO, Alberto, O Guardador de Rebanhos, V


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Da precedência das coisas (não necessariamente da procedência)

Fotografia de Susana Paiva


«[Não] é justo concluir, unicamente porque um evento, num caso, precede outro, que o primeiro é, por isso, a causa e o segundo o efeito. A sua conjunção pode ser arbitrária e casual.»

David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano, Lisboa, Edições 70.






terça-feira, 17 de dezembro de 2013

do perfeito que tudo isto é

Guarda

saudades. do frio. do madeirão. do porto nos balcões. da neve. do cheiro das lareiras de azinho. da acert à noite. da deliciosa confusão de natal. do arroz doce da avó felicidade. do bolo rei da joaninha. da noite dos whiskys com 3 pedras de gelo. dos bares da zona da sé em viseu. das conversas sobre música e arte. das respostas perfeitas de que não nos lembramos ao outro dia. 

do perfeito que tudo isto é. e insubstituível, também.



domingo, 27 de outubro de 2013

Ao Homem verdadeiro e primitivo, que via o sol nascer e ainda o não adorava



Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
 Porque todos os homens, um momento do dia, o olham como eu,
 E nesse puro momento
 Todo limpo e sensível
 Regressam imperfeitamente
 E com um suspiro que mal sentem
 Ao Homem verdadeiro e primitivo
 Que via o sol nascer e ainda o não adorava.
 Porque isso é natural — mais natural
 Que adorar o sol e depois Deus
 E depois tudo o mais que não há.
          
CAEIRO, Alberto, O Guardador de Rebanhos, XXXVIII