sábado, 10 de novembro de 2012

Síndrome de Tourette e o problema filosófico da definição de ação

Os tiques involuntários são uma das características do síndrome de Tourette

Ontem referi nas aulas do 10º ano alguns casos de fronteira que nos levam a questionar a definição de ação como algo que é feito pelo agente com intencionalidade, de modo voluntário.
Despertou nos alunos especial curiosidade o síndrome de Tourette, cuja designação tem origem em Gilles de la Tourette, o médico francês que em 1885 publicou pela primeira vez um artigo científico sobre o tema.
Para quem estiver interessado em continuar a explorar o assunto, deixo aqui algo mais. 
Em primeiro lugar, o impressionante testemunho real de John Davidson, um jovem adolescente britânico de 16 anos portador do síndrome de Tourette, que nos conta na primeira pessoa a sua própria experiência por vezes tão difícil. Chamo a especial atenção para a parte do documentário em que John e a sua mãe são filmados numa visita ao supermercado. Mais informação sobre esta doença neurológica podem ser encontradas aqui.  


A segunda parte do documentário, centrada no dia a dia na escola, pode ser vista aqui, enquanto que a terceira e última parte, destacando a vida em família, se encontra aqui.

E agora uma sugestão de leitura. Trata-se do livro O Homem que Confundiu a Mulher Com Um Chapéu, de Oliver Sacks, uma coleção de histórias verdadeiras de doentes com esquizofrenia, Parkinson, Alzheimer, autismo e síndrome de Tourette, entre outras. 


Oliver Sacks é um famoso médico neurologista e escritor com inúmeras obras escritas e traduzidas em muitos países, com adaptações ao teatro e ao cinema. Uma pequena nota biográfica sobre este fascinante médico-escritor pode ser lida aqui.

Por hoje é tudo. Voltaremos a este assunto a propósito do problema filosófico do livre arbítrio.

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