“O problema é deles!”, disse ela. E dei comigo a pensar: onde estaríamos nós se os
capitães de Abril pensassem desse modo?
Uma coisa leva a outra, e
lembrei-me deste livro magnífico lido num Verão em Tondela. Lembro-me bem das conversas infindáveis nas noites quentes, em
que sentíamos que o mundo era uma coisa que podia ter a nossa marca, onde valia
a pena lutar por nós e pelos outros também. Uma altura em que não passava pela
cabeça de ninguém dizer que “o problema é deles!”. Que mais não fosse porque
“Nenhum
homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte
da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se
fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a
morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano. E por
isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
John Donne
Post-scriptum: mais ou menos por essa altura ouvia muito isto. Um álbum extraordinário, de uma banda única. Deixo aqui uma das minhas músicas preferidas:
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